Ainda na Idade Antiga, os babilônicos criaram a Lei de Talião, que consistia na regra “olho por olho e dente por dente”. Essa lei permitia, entre outros fatores, que familiares de vítimas se vingassem de assassinos com as próprias mãos. Deixada de ser usada na primeira queda do Império Babilônico, a lei foi esquecida pelo jurídico contemporâneo, mas não pela sociedade mundial. No Brasil, principalmente, cada vez mais, a impunidade de bandidos é motivo de revolta à população. A inércia policial faz com que os bandidos se tornem mais ousados em relação aos seus atos. Assaltos à luz do dia, em lojas com câmeras de segurança, nas ruas, e até mesmo perto de delegacias ou viaturas policiais é praticamente uma cena cotidiana. As pessoas deixam de sair porque tem medo. Do roubo, da violência, do latrocínio. Ainda que a polícia tente, a demanda de infratores é grande, até mesmo internamente. Certos policiais também roubam, torturam e até matam pessoas inocentes. Então, pensando nesses casos, uma parte da sociedade se apavora mais. Não tem em quem confiar. Não tem para onde fugir. A violência invade suas casas e suas vidas. O que lhes resta é agir. É assim que, inocentes tornam-se culpados, pela impunidade. Assim, a situação de denúncias não atendidas, corrupção policial, burocracia e demora no processo judiciário é insustentável. Atitudes desesperadas levam pessoas de bem a cometerem atrocidades e até mesmo, terem sangue nas mãos. É errado agir com as mesmas armas para defender-se de infratores, assim como é errado deixar passar crimes hediondos impunemente. O certo é a conscientização por meio de palestras e campanhas em locais públicos, assim como nas escolas mostrando a consequência de atos de pessoas inocentes, que acabam virando réus no tribunal por esse tipo de situação. Além disso, o investimento do governo em mais segurança nas ruas, o aceleramento de processos tributários e a investigação e execução de ação imediata da polícia a partir de denúncias, diminuiriam ações desse tipo.