Passou-se o tempo em que bruxas eram condenadas à morte na fogueira na idade média, entretanto, o julgamento intuitivo por parte dos individuos, além da justiça com as próprias mãos de forma massacrante, continua vigorando em alguns casos no Brasil. Em julho do último ano, um suspeito de assalto no Rio de Janeiro, foi amarrado e espancado por um grupo de pessoas, até que a polícia chegou no local e o socorreu. Mais tarde, em páginas do Facebook, diversas pessoas elogiaram a ação violenta do grupo e o parabenizou. A fenda para o desencadeamento começa bem longe das ruas: na formação da lei. Onde a punição para crimes é relativamente menor se comparado com os Estados Unidos, onde até a pena de morte é permitida em certos casos. A população acaba se sentindo indignada com a falta de punho na lei, e ainda mais enfurecida com vídeos e fotos, as vezes até mesmo errôneas, acaba praticando justiça com as próprias mãos. Num mundo tão conectado, onde as informações chegam tão rápidas e muitas vezes sem base científica, o correto é o ceticismo para analise do que chega aos celulares e computadores de cada pessoa, além da reformulação da lei para aumento do nível de sanção para crimes considerados menores.