Título da redação:

O paradoxo das máquinas

Proposta: Inteligência Artificial: A geração ‘Z’ e o futuro são agora.

Redação enviada em 28/09/2015

Imagine um mundo controlado por robôs, onde as máquinas não obedecem, mas são obedecidas por seres humanos.Ou ainda, pense como seria nosso planeta se no lugar de profissionais como médicos ou professores tivéssemos softwares com uma capacidade maximizada de exercer as mesmas funções. Assustador, não? Evidentemente, a linha que nos separa da evolução e da autodestruição é muito tênue, principalmente no que se refere ao desenvolvimento da inteligência artificial. Os primeiros computadores começaram a ser desenvolvidos no século XX, com o desenrolar da Segunda Guerra Mundial. Na época, aliás, eles foram imprescindíveis para a vitória aliada e o fim da expansão nazista. Posteriormente, protagonizaram também a Guerra Fria e até hoje são usados para espionagem entre países. No entanto, é claro que nos dias atuais desempenham um papel que vai muito além de confrontos militares: são utilizados na medicina, na comunicação, no entretenimento e até na administração e armazenamento de dados de várias empresas. Observando o poder da robótica e da informática, porém, o homem decidiu ir ainda mais adiante, começou a substituir mão-de-obra por instrumentos eletrônicos e criou programas computacionais capazes de tomar decisões e serem mais inteligentes que nossa própria espécie. Além disso, aumentou sua dependência em relação à tecnologia de forma exacerbada e extremamente rápida, o que ocasionou aumento da demanda energética e diminuição da capacidade cognitiva daqueles que fazem da máquina seu próprio cérebro. O desenvolvimento da inteligência artificial pode sim ser útil, contanto que saibam usá-la e, principalmente, conheçam os limites a que podem chegar. Criar um robô com autonomia suficiente para não depender de seu criador, por exemplo, é um risco, pois nunca se sabe o que este mecanismo superinteligente, forte e veloz pode ser capaz de fazer. Além de tudo, ainda, os softwares devem ser criados para complementar, e não substituir o trabalho de alguém, o que seria antiético e perigoso para nossa sociedade, aumentando os níveis de desemprego em proporções gigantescas muito rapidamente. Devido a estes fatores, portanto, é importante o estabelecimento de uma legislação referente aos limites da inteligência mecatrônica, proibindo a invenção de robôs totalmente independentes de seus criadores e estipulando uma quantidade mínima de profissionais atuando de acordo com o tamanho de cada empresa. Afinal, pesquisas recentes mostraram ser possível que daqui algumas décadas a evolução proporcionada pela tecnologia seja tamanha a ponto de os filhos não pertencerem à mesma espécie dos pais. Sendo assim, chegamos a uma simples conclusão: os meios tecnológicos podem ser tanto nossa ascensão quanto uma infeliz queda, o futuro da humanidade depende de suas escolhas quanto a isso.