Título da redação:

Futuro segregador

Proposta: Inteligência Artificial: A geração ‘Z’ e o futuro são agora.

Redação enviada em 09/08/2015

O sociólogo Karl Marx afirmou ser a forma de produção o que distingue as épocas econômicas entre si. De fato, ao longo da história humana, pode-se perceber a influência do modo de produção nas sociedades. Especificamente no século XX, o desenvolvimento tecnológico alcançou níveis entusiasmantes. A computação e a inteligência artificial trazem benefícios inquestionáveis, no entanto, nem todos os países estão preparados para desenvolver esse tipo de tecnologia, o que causa desvantagens para eles na “aldeia global”. O avanço tecnológico impressiona a muitos, apesar de trazer impactos ambivalentes. Por um lado, a tecnologia proporcionou a criação da inteligência artificial. Essa, que chegou a sofrer críticas até da esfera religiosa, hoje auxilia áreas como a medicina. Robôs altamente especializados são criados e utilizados em pesquisas e tratamentos médicos, sendo a esperança de vários portadores de doenças até então incuráveis. O emprego de máquinas automatizadas nas indústrias também faz parecer a vivência da humanidade em uma nova era dos tempos modernos. Contudo, por outro lado, o desemprego estrutural causado pela aplicação tecnológica preocupa principalmente os países pobres, onde os níveis educacionais prejudicam a população pouco qualificada. Nesses países, a dependência externa de tecnologia atrapalha o desenvolvimento local. Os jovens interessados em especializarem-se ou atuarem na área precisam sair de seus países de origem em direção a locais que ofertem melhores condições para tal. A “fuga de cérebros”, como é conhecido esse tipo de migração, favorece os países desenvolvidos. Dessa forma, há a concentração de profissionais capacitados nos polos tecnológicos tradicionais, inibindo a autonomia de países como o Brasil, os quais não possuem estrutura e ficam sem profissionais em quantidade suficiente para competir globalmente. O futuro ofertado pela tecnologia torna-se fator de segregação social dentro desse contexto. As novas gerações necessitam, portanto, de incentivos na área tecnológica. Além do programa federal “Ciência sem fronteiras”, o governo deve investir na estrutura nacional. Aumento de verbas para construção de laboratórios e maior repasse às pesquisas podem estimular os “cérebros” brasileiros a permanecerem aqui. As escolas podem trabalhar estimulando crianças a interessarem-se por tecnologia nas aulas de ciências ou em oficinas específicas, como robótica. É possível integrar a sociedade através do desenvolvimento tecnológico.