Considerada um sonho distante para muitos, quando foi criada na década de 50, a Inteligência Artificial (IA) encontra a geração "Z". Apresentada a tecnologia moderna desde o nascimento essa geração convive de forma natural com a IA sem questionar o seu uso, somente aproveitando seus benefícios. Sendo assim a geração "Z" veio ao mundo quando a tecnologia inteligente estava presente tornando-se desnecessário o processo de adaptação, que outrora constituiu uma barreira para as gerações anteriores, mas agora tem que lidar com a dependência que esta tecnologia impõe. A IA surgiu nos anos 50 como uma promessa de prosperidade, pois um mundo melhor livre de trabalhos repetitivos ou pesados estava prestes a tornar-se uma realidade. As tarefas menos nobres seriam passadas para máquinas dotadas de inteligência suficiente para realiza-las. Porém além da limitação dessa tecnologia para época uma questão social estava presente, quando a IA era vista como fonte geradora de desemprego para determinada classe de trabalhadores. Ao contrário a Geração "Z" encontrou essa tecnologia em um estado muito mais avançado, perfeitamente integrada a sociedade e pronta para revolucionar a maneira de viver com seus benefícios. Tendo em vista que estas funcionalidades, provenientes de sistemas inteligentes, tornaram-se imprescindíveis para a manutenção do modo de vida atual, as pessoas usuárias destes sistemas tornaram-se extremamente dependentes da IA, sendo que muitas não conseguem realizar as tarefas básicas sem sua ajuda. Diferente das gerações anteriores que tinham seus temores fundamentados no medo do desconhecido, a Geração "Z" enfrenta a possibilidade de tornar-se uma vítima do sucesso da IA que para muitos tornou-se um vício. Sendo assim cabe salientar que a diferença entre o veneno e remédio é apenas a dosagem, faz-se necessário então repensar o modo de como as tecnologias estão presentes nas tarefas diárias e até que ponto a nova Geração está se tornando refém destas máquinas inteligentes.