No final de 2015, a barragem de rejeitos minerais da empresa Samarco se rompeu no distrito de Bento Rodrigues e causou um grande impacto socioambiental. No entanto, desde o ocorrido, nenhuma punição efetiva foi aplicada e as consequências continuam a perdurar, não há expectativas de recuperação do Rio Doce, famílias ainda estão desabrigadas e os dejetos chegam ao mar. Logo, observa-se a necessidade de o Governo criar leis mais rígidas para prevenir tal fenômeno e aumentar a fiscalização das mineradoras. Primeiramente, é preciso salientar que o resultado desse fenômeno não atingiu somente o meio ambiente. Segundo o portal virtual do Governo , cerca de de 600 famílias perderam todos os seus pertences, além das 17 mortes comprovadas e dos empregos que a empresa gerava. Como resultado, a economia regional ficou desestabilizada e uma das principais fontes de receita do município deixou de existir, o que impossibilita a reconstrução da cidade e a subsistência de mercados interligados. Além disso, o assoreamento do Rio Doce deu início a uma crise hídrica nas cidades que dependem dele, como Governador Valadares. Imediatamente após o ocorrido, o abastecimento de água em várias cidades foi interrompido devido ao alto grau de contaminação da mesma com metais pesados. A partir disso, vários processos judiciais foram interpostos contra a empresa, o que agravou ainda mais possíveis ações de contrapartida da Samarco para sanar os problemas. Fica claro, portanto, que o desastre de Mariana é resultado de leis antigas do setor de mineração, que não previnem acidentes assim. Nesse sentido, o Poder Legislativo, em parceria com o Conselho de Mineração Brasileiro, deve reformular o arcabouço jurídico relacionado a área, priorizando o meio ambiente e o ser humano. Ademais, o Ministério do Meio Ambiente deve aumentar a fiscalização em empresas mineradoras e promover palestras em tais companhias com o objetivo de conscientizar os funcionários sobre a importância de evitar desastres ambientais.