Água por todos os lados, vidas e moradias sendo destruídas em poucos segundos, lama tóxica avançando e comprometendo toda a biodiversidade da região. O caótico cenário da tragédia ambiental de Mariana foi o pior já visto pelos brasileiros e os impactos ali sofridos e que poderiam ser evitados ou minimizados se não houvesse tamanha negligência humana, estarão presentes por muitos anos. A existência efetiva de planos de contenções poderiam minimizar acidentes ambientais dessas proporções. A ONU (União das Nações Unidas) declarou-se publicamente acusando a demora das autoridades brasileiras nas atitudes imediatas que deveriam ser tomadas perante o problema, mostrando total despreparo e falta de estrutura dos responsáveis. Contundo, nos últimos anos, outras pequenas barragens provenientes da mineração cederam também no Brasil, evidenciando o questionamento de muitos sobre os benefícios da mineração, já que na exploração são utilizados metais pesados como o Mercúrio que colocam em risco a toda a região. Milhares de pessoas tiveram prejuízos incalculáveis e não só financeiros, certamente o dinheiro das multas aplicadas aos responsáveis não cobrirão os impactos ambientais, econômicos e sociais da região afetada. Diante do ocorrido cabe agora ao estado punir os responsáveis, investir principalmente na saúde pública para controlar o eminente risco de doenças e evitar mais vítimas, deve-se também operar com maior rigidez nas fiscalizações cobrando medidas preventivas diante das atividades exploradoras que podem oferecer riscos ambientais. A sociedade também pode fazer o seu papel enviando doações e mobilizando especialistas ambientais e da saúde.