"Nosso céu tem mais estrelas, nossas várzeas têm mais flores, nossos bosques têm mais vida, nossa vida mais amores". Estes versos do poema Canção do Exílio de Gonçalves Dias, ressalta a importância da relação entre o índio com a natureza. Entretanto, a realidade atual é outra, já que homem contemporâneo quebra essa ligação em busca do lucro e desenvolvimento para suas empresas. Em decorrência disso, acontece uma demasiada exploração dos recursos naturais, a qual provocará desastres ambientais, conforme o ocorrido em Mariana-MG durante a ruptura da barragem da mineradora Samarco. Logo, é importante entender as consequências desse acidente e seus agentes causadores, afim de solucionarem os problemas gerados pelo acontecimento. Neste contexto, o impacto ambiental foi maior do que o imaginado. É possível comparar outros desastres naturais junto ao rompimento da mineradora Samarco, pois o dano liberou aproximadamente de 20 a 30 milhões de m³ de lama a mais do que as Filipinas, em 1982 e 1992. Essa dispersão do barro, sobretudo na Bacia do Rio Doce, ainda provoca uma mancha escura, dificultando a passagem da luz que não chega aos seres fotossintéticos aquáticos. Como resultado, há menor dispersão do gás oxigênio ,eleva a mortalidade dos seres vivos e a quantidade de matéria orgânica nesse local. O processo citado é denominado eutrofização e induz à diminuição da biodiversidade de peixes, entre outros seres vivos dependentes da água. Outro fator importante, são os impactos negativos gerados sobre as empresas responsáveis pela tragédia. O Brasil enfrenta uma fase de crise financeira, além do mau momento do mercado, na qual a oferta mundial de minério de ferro continua acima do consumo ,de modo consequente, aumenta a inflação do país. Essas questões são agravadas, porque a Samarco e as outras companhias culpadas, tal como a Vale , mas também, a BHP Billiton, devem indenizar os moradores que perderam suas residências e familiares e desse modo, as firmas gastam mais dinheiro. Então, os efeitos desfavoráveis impactam ambos os lados, tanto as instituições privatizadas, quanto a população de Mariana. Portanto, mudar é a palavra-chave em direção ao equilíbrio entre homem e natureza. É necessário, que não só as empresas do setor mineral, mas o Estado aumentem as fiscalizações durante a manutenção dessas, ademais, as mesmas instituições devem criar planos emergenciais para protegerem os moradores, caso ocorra outro acidente. e que possam investir em pesquisas nas universidades, com a intenção de promoverem tecnologias capazes de minimizarem os impactos ambientas. Outrossim, a população deverá respeitar o meio ambiente contribuindo com a sua parte por meio da reciclagem, um método sustentável para garantir a preservação dos recursos naturais . Sendo assim, o futuro de todos estarão assegurados.