No dia 05 de novembro de 2015 o rompimento de uma das barragens da mineradora Samarco causou um doas maiores desastres sociais e ambientais brasileiros. Uma enxurrada de lama devastou distritos de Mariana (MG) e causou diversos impactos, muitos até irreversíveis, à natureza. Tal ocorrido demonstra a incompetência, negligência e o descaso com o meio ambiente e a população. A tragédia em Minas Gerais foi de longe um acidente. Em 2013, quando a Empresa tentou renovar a licença da Barragem do Fundão, o Ministério Público encontrou problemas na estrutura da represa e em vez do aval de funcionamento a Samarco recebeu recomendações como, apresentação de um plano de contingência em caso de riscos de acidente e análise de ruptura, porém, a COPAM (Conselho de Política Ambiental), formada por governos e sociedade civil, aprovou essa licença, após isso a promotoria se absteve do caso. Outro desleixo é que em todo o Estado existem apenas quatro fiscais para fazer a vistoria de mais de setecentas barragens o qual é humanamente impossível. Dentre os impactos ambientais causados pela lama de dejetos foi o assoreamento do rio Doce ocasionando mudança de curso de suas águas, impedimento da passagem de luz para os animais e vegetais aquáticos, o que gerou praticamente a morte de todos eles inclusive a extinção de espécies típicas da região e consequentemente o falecimento do Rio. Ademais, diversas famílias que moravam na localidade foram afetadas, essas pessoas perderam casas, carros, parentes e amigos. Deste modo, compreender o acontecimento em Mariana e suas consequências serve como alerta para a criação de medidas eficazes de segurança das mineradoras. É necessário que os órgãos responsáveis pelas fiscalizações sejam rigorosos e se for preciso cassem as licenças para que não haja mais cenas desastrosas com essa. As companhias também devem assumir seus erros e buscar formas seguras de funcionamento, com a ajuda de instituições especializadas e à respeito dos danos é cabível a aplicação de punições financeiras já que, infelizmente, o feito já está feito.