No nono milênio antes de Cristo, o homem neolítico iniciou o uso dos recursos ambientais para sobrevivência. Com o tempo, essa relação foi-se complexificando, com numerosos benefícios para humanidade. Hoje, a sociedade brasileira vive outra realidade poluição dos rios, apropriação ilegal em área de risco e o desmatamento para agropecuária. Quem quiser compreender – e modificar – esse panorama, deverá analisar a influência do homem no meio ambiente. Só assim, será possível perceber a complexidade do fato. Ao fazer a análise dessa poluição, busca-se descobrir as causas primárias da situação. Na sua origem, mais do que o simples ato de jogar lixo nos rios, está relacionado o sintoma de algo grave, o absentismo da educação ambiental, ou seja, lixões ao céu aberto e a proliferação de vetores e microrganismos patogênicos. É nesse perfil educacional que se formam os problemas das enchentes e das contaminações desse cenário Nessa perspectiva, haverá a escassez de água tratada nos próximos anos para a sociedade. É preciso frisar, por outro lado, que tais apropriações estão relacionadas às pessoas de baixa renda financeira. De fato, as encostas e as áreas virgens são os pontos mais vulneráveis de desastres ambientais. Infelizmente, são os mais procurados por essas famílias para se instalarem, ou seja, construções sem qualquer estrutura e muito menos rede de esgoto. Dessa forma, tornando-se o estopim para os deslizamentos de terras desse solo desgastado. Isso explica os desastres ambientais envolvendo as comunidades carentes no Brasil. Para agravar as circunstâncias, os dados estatísticos demonstram o crescimento do desmatamento para abertura de criação de gados de corte. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relata que: “Entre os anos de 2012 e 2015 houve o aumento de 8% (oito por cento) do desmatamento das matas ciliares para ampliação de pastagens para os gados. O que reflete a ganância e a impetuosidade dos pecuaristas.” Por conseguinte, expõe a violação dos direitos constitucionais do meio ambiente. Torna-se evidente, portanto, que as dificuldades enfrentadas pela sociedade contemporânea com os desastres ambientais, são os reflexos dos seus próprios atos. Para reverter tal quadro, é necessário o trabalho em conjunto dos Governos – decisão indiscutível –, sejam em criar usinas de reciclagem que irá promover a coleta dos materiais expostos no meio ambiente e favorecer a limpeza e a reutilização desses para futuras embalagens. Ou seja, desenvolvendo novas frentes de serviços e gerando renda para a sociedade. E aderir em parcerias com as mídias para difundirem a educação e a conscientização ambiental, para transformar as pessoas em cidadãos mais críticos e incorporar a importância da preservação do ecossistema. Sendo assim, propagar conhecimento necessário para construção da identidade ecológica da Nação. E para os infratores, é essencial a criação de leis penais severas contra o desmatamento, para que haja homeostase social e ambiental a prestação de serviços sociais e moradias dignas para as famílias de baixa renda. Afinal, os recursos ambientais são a herança para futuras gerações.