A revolução industrial, ocorrida no século XVIII, trouxe a necessidade de um mercado consumidor cada vez maior em função do aumento da produção. Consequentemente a busca por matéria-prima se intensificou. Porém, essa busca não respeitou o desenvolvimento sustentável, tornando esses recursos cada dia mais escassos no planeta. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: a insuficiência das leis e a falta de respeito com a natureza. É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. De acordo com Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Pode-se perceber que no Brasil, a exploração desenfreada rompe essa harmonia, tendo em vista que, embora a criação de reservas naturais tenham sido um grande progresso em relação ao desmatamento, existem brechas que permitem a ocorrência desse crime, como em áreas interiorizadas de difícil fiscalização governamental. Desse modo, é necessário a criação de um departamento especializado no combate a esse problema. De maneira análoga, destaca-se a falta de consideração com às próximas gerações. Devido a competição desenfreada das multinacionais por recursos naturais, o desmatamento só cresce no Brasil, comprometendo o futuro das próximas gerações. Uma pesquisa feita pelo jornal Folha de S.Paulo mostra que nesse ritmo em 2100 teremos apenas 50% dos recursos naturais originais do planeta. Assim, o modelo de desenvolvimento insustentável do planeta, fortalece e agrava cada vez mais esse problema no país. Entende-se, portanto, que a continuidade desse pensamento egoísta e a falta de consciência com o futuro da humanidade, torna ainda mais comum a ocorrência de desastres ambientais, como o desastre de Mariana. A fim de atenuar o problema o Governo Federal deve criar e instaurar delegacias especializadas nesse tipo de crime, aliado à esfera estadual e municipal do poder, tal departamento deve fiscalizar principalmente as áreas que mais necessitem, além de aplicar campanhas de abrangência nacional junto às emissoras abertas de televisão como forma de estímulo à denúncia desses crimes. Dessa forma, com base no equilíbrio proposto por Aristóteles, esse fato social será gradativamente minimizado no país.