O desastre em Mariana foi um episódio vergonhoso na história do Brasil, pois tanto a população quanto a natureza foram irremediavelmente prejudicadas. Porém, este acontecimento evidenciou o modo como a sociedade brasileira, historicamente, opta por uma economia baseada no lucro individual e na exploração do meio ambiente. Pode-se destacar que países com economias desenvolvidas têm como base econômica o setor de tecnologia, que por exigir mais investimento científico também é mais lucrativo. Contudo, o Brasil, devido a sua história colonial exploratória e a sua economia fraca e dependente, tem na exploração de seus bens naturais a base para sua economia. Esse setor, por mais que gere lucro imediato, possui muitas desvantagens a longo prazo, como: a concentração dos lucros nas mãos dos donos das empresas, o desgaste que a exploração gera no solo, a poluição e o desmatamento das florestas, além de não estimular o desenvolvimento de novas tecnologias, uma vez que emprega, em sua maioria, técnicas ultrapassadas e braçais. O desastre de Mariana foi fruto dessa economia que busca o lucro por meio da exploração, ao invés de buscar lucros e empregos por meio da tecnologia e da informação. Isso serve de alerta para a sociedade que deve lutar para uma mudança na economia brasileira, por mais investimentos na tecnologia, em pesquisas e pela manutenção do meio ambiente. O Brasil, atualmente, tem uma economia que com um esforço comum entre a população, Estado e empresas privadas pode mudar de diretriz econômica. Para isso, a população precisa exigir do governo investimentos nos polos tecnológicos das universidades ao mesmo tempo em que boicota as empresas privadas que não respeitam a natureza.