A palavra negligência é a marca do desastre ocorrido na cidade de Mariana. A empresa Samarco Mineração já tinha conhecimento dos riscos de rompimento das barragens e o Estado já estava ciente que a empresa não havia feito nada a respeito da melhoria de sua infraestrutura. Como consequência, os efeitos dessa fatalidade foram devastadores tanto para a população que perderam casas, empregos e o ambiente em que viviam, como também, para o meio ambiente que sofreu impactos de difícil reversão. A falta de uma rígida fiscalização por parte do Governo local e o descaso da empresa mineradora frente aos riscos do rompimento das barragens, foram os fatores principais para que esse acidente ocorresse. A Samarco, aproveitando-se da falha de fiscalização do Estado, deixou de investir na estrutura de suas obras, mesmo sabendo que poderiam desabar a qualquer momento. Visto que, estava visando apenas o lucro de sua empresa não se importando com a segurança que deveria oferecer a população. Esse desastre causou impactos ao ecossistema e à população tão profundos que é difícil estimar um prazo para reverter tamanho estrago. A lama atingiu rios da região até chegar ao Rio Doce, responsável pelo abastecimento de várias regiões nos arredores, que tornou a água imprópria para o consumo. Diversas espécies de animais, principalmente peixes, morreram e muitos correm risco de extinção, uma enorme área de vegetação foi devastada, tornando o ambiente estéril em muitas partes. Além de um enorme número de pessoas desabrigadas que perderam suas moradias, ficaram sem seu meio de sustento e sem previsão de voltar para sua cidade. Entende-se, portanto, que catástrofes desse porte acontecem, muitas vezes, pelo descaso do ser humano e podem ser evitadas. Para isso, o papel do Governo Federal frente a um controle mais rígido da fiscalização das organizações privadas é de extrema importância, punindo aquelas que não cumprem com as leis. Também é necessário, que as entidades responsáveis por desastres como esse, dê toda assistência necessária para aqueles que foram prejudicados com seus estragos. E a população deve ajudar nessa vigilância, denunciando quando tiverem conhecimento de órgãos privados que estão trazendo prejuízos ao povo ou ao meio ambiente.