Com a decadência da economia açucareira, a metrópole (Portugal) pelo pacto colonial vigente fora atrás de novos recursos econômicos que suprissem a escassez que o açúcar lhe trouxera, tais como a pecuária e a mineração. Tal fato histórico, admite que as consequências da busca por metais preciosos, ouro, prata e diamantes, é apenas fruto de um longo período de exploração sem ter consciência dos impactos que podiam ser gerados. Considerando que o ciclo da mineração tivera início no século XVIII, a extração de recursos minerais na região aurífera, hoje chamada de Minas Gerais, há mais de três séculos que empresas, tanto estatais como privadas, agem de forma agressiva naquela área. O centro-sul mineiro, onde se destacam as cidades de Belo Horizonte, Santa Bárbara e Congonhas do Campo, são juntas a maior produção de ferro do Brasil, tornando-se convidativas para multinacionais do ramo. Vale ressaltar que no distrito de Bento Rodrigues, onde tivera o início do desastre de Mariana, por muito tempo recebera abalos sísmicos de baixo nível, mas preocupantes. Outro aspecto a ser levado em conta é o excesso de rejeitos oriundos das escavações. Fora uma sucessão de erros que contribuíram para o maior desastre ambiental mundial do gênero até então registrado. Algumas consequências geradas pelo desastre, rapidamente podiam notar-se: desabrigados, mortos, destruição do rio Doce, além de uma extensa área coberta pela lama. Na região tomada pelo barro, que se estende de Minas Gerais ao estado do Espírito Santo, gerou grandes desequilíbrios nas teias alimentares ali presentes. Não obstante, algumas espécies que só eram encontradas na região, serem extintas sem se conhecê-las. À vista disso, faz-se necessário regulamentações, leis e fiscalizações rigorosas para que eventos como esse sejam evitados. A curto prazo, deve haver assistência financeira, de saúde e até mesmo psicológica às vítimas. A longo prazo, a empresa responsável pelo acontecimento deverá criar projetos e medidas que viabilizem a recuperação do local.