Título da redação:

Até o último rio

Tema de redação: Impactos: as virtudes do desastre de Mariana

Redação enviada em 07/06/2016

No final do ano de 2015, o rompimento da barragem da Mineradora Samarco fez com que destruísse o distrito de Bento Rodrigues, em Minas Gerais, e permitiu que a população convivesse com um governo semelhante ao do período Imperial (séc. XIX), caracterizado pelo descaso à população. Nesse contexto, portanto, fica evidente uma autoridade que preza por posicionamentos lucrativos em detrimento à assistência populacional. Embora a Samarco tenha se comprometido a pagar uma quantia considerável, há indubitavelmente uma sutil aliança governo-empresa. Essa situação ficou revelada quando o procurador Jorge Munhós afirmou que o documento assinado pela Mineradora é caracterizado por negligência, uma vez que estabelece um limite de gastos para ajudar os 7 milhões de afetados, diretamente ou indiretamente, e preza por blindar o patrimônio empresarial. A atuação inconsequente da empresa não se restringe ao processo após o desastre, mas antes também. Pois a ausência de monitoramento da barragem e o funcionamento acima da capacidade estão entre os principais motivos do problema, uma vez que, no dia da tragédia, o Instituto de Sismologia da Usp registrou pequenos tremores equivalentes a uma chuva forte e que não deveria, em hipótese alguma, causar o rompimento da barragem e, consequentemente, a mortandade de aproximadamente um trilhão de organismos e aumento do grau de turgidez da água. Portanto, mediante os fatos fica claro que o Ministério do Meio Ambiente(MMA) deve exigir que a Samarco arque com custos de qualquer magnitude para reparar os prejuízos, uma vez que o MMA pode fazer pressão interna no governo. Além disso, é necessário o uso de floculantes e barreiras de flutuantes para limpeza do rio e promoção da vida aquática. Para assim, evitarmos as palavras de Greenpeace: “ Somente quando cortada a última arvore, poluído o último rio, ... homem vai perceber que dinheiro não se come”.