"O homem criava e também destruía. Homem Primata. Capitalismo Selvagem". E assim segue a humanidade, tal qual a música dos Titãs, sendo o rompimento das barragens da mineradora Samarco, em Mariana, mais um exemplo de destruição causada pelo homem. Esse desastre ambiental e socioeconômico gerou grandes impactos que nunca devem ser esquecidos. No âmbito ambiental, é válido destacar os danos ao ambiente aquático. A enxurrada de lama atingiu o Rio Doce e áreas de conservação marinha no Espírito Santo, causando a morte de milhares de peixes e afetando micro-organismos e outros seres vivos. São prejuízos que serão sentidos por várias gerações, e trazem à tona a negligência das empresas e do poder público com a questão ambiental. Além disso, as consequência sociais e econômicas afetam imensuravelmente a população local, que não recebeu a assistência devida. Centenas de famílias perderam suas casas, muitas outras perderam familiares. O Rio Doce, de onde as pessoas tiravam seu sustento, precisará, em média, de 10 anos para se recuperar, segunda a estimativa de biólogos. Diante de tudo isso, a minerado Samarco ainda se esquiva de sua responsabilidade e a mídia parece ter esquecido o maior desastre ambiental do Brasil. Portanto, para amenizar essa situação e evitar que outras aconteçam, é preciso de algumas medidas. A principal delas é o poder público não tratar o ocorrido como um desastre natural, mas sim como um crime, pois de fato foi, fazendo com que a Samarco preste assistência financeira e social aos afetados. A sociedade e as ONG's podem pressionar, por meio de protestos e das redes sociais, os órgãos administrativos responsáveis para que isso ocorra. Ademais, é necessária uma fiscalização mais rígida, no intuito de evitar novos problemas. Por fim, cabe à mídia não esquecer esse crime, exemplificando um futuro que devemos evitar.