O rompimento da barragem do Fundão, na zona rural de um município mineiro, liberou uma enxurrada de rejeitos de minério de ferro. O acidente ambiental em Mariana causou muitos impactos não só na região, com isso, cabe analisar, como tais impactos afetaram a vida das pessoas e o equilíbrio ecológico. Além das mortes e das centenas de pessoas que foram desalojadas, a tragédia deixou um rastro de danos ambientais. Em todo o trajeto da lama, foi detectado a destruição das áreas agrícolas e de preservação da Mata Atlântica. A lama afetou o Rio Doce e alguns de seus afluentes, provocando assoreamento, mudança de curso, diminuição de profundidade, e até mesmo a morte das nascentes, segundo dados do Ibama. Ainda segundo relatório do Ibama divulgado após a tragédia do rompimento da barragem de Mariana, alguns biólogos afirmaram que muitas espécies que habitavam o Rio Doce apresentam sérios riscos de desparecem daquela área. A grande responsável pelo acidente em Mariana foi a mineradora Samarco, que apresentava irregularidade nas construção e reforma da barragem. O processo de construção da barragem do Fundão teve início de forma irregular no ano de 2007, e no tempo exato do acidente estavam sendo realizadas obras de grande complexidade e perigo a estrutura da barragem. Segundo dados do relatório divulgado pelo Ministério Público, a mineradora Samarco era denunciada frequentemente por depósito irregular de rejeitos, o que causava abalos e problemas a barragem e as comunidades que residiam ao entorno dela. Fica claro portanto, que os impactos causados pelo desastre a Mariana irá afetar a população a longo prazo, e causar um desequilíbrio ecológico enorme. Esse quadro será amenizado quando a população atingida pelos danos do rompimento seja ressarcida pelos danos materiais e auxilio até que consigam ter de volta as suas fontes de renda. Aliado a isso, é necessário que os culpados pelo desastre sejam punidos não só pelos danos materiais causados, mas pelos danos naturais causados pelo rastro de destruição da lama.