É cada vez mais perceptível a extrema importância da humanização médica para obtenção de bons resultados na relação médico-paciente atualmente. Nesse sentido, é preciso destacar as principais problemáticas que o Brasil enfrenta para alcançar esse bem-estar comum: a precariedade do sistema de saúde e a mecanização do processo de atendimento médico. A humanização desses procedimentos contribui, de maneira significativa, para ampliação do olhar atual acerca da assistência médica. Em primeira análise, destaca-se a necessidade de melhoria da infraestrutura de locais adequados para assistir a população. Certamente, que tal fato é um grande problema no Brasil, haja vista a debilidade do sistema de saúde nacional, o qual não proporciona, de maneira homogênea, à sociedade profissionais capacitados, conforto e segurança no ambiente hospitalar. É inegável que essa situação compromete, substancialmente, a questão da humanização no atendimento médico, pois a mesma faz parte de um dos programas prioritários do Ministério da Saúde: a política nacional de humanização (PNH). Em segunda análise, percebe-se a mecanização do processo de assistência ao enfermo. Hodiernamente, essa conjuntura é bastante enfatizada nos debates acerca da humanização médica, visto que com o avanço da tecnologia e a inserção da mesma no cotidiano dos profissionais de saúde, o atendimento ao paciente se tornou, cada vez mais, rápido. Dessa forma, vê-se a tecnologia superando o diálogo, distanciando gradativamente, a relação entre os médicos e os doentes. Conforme afirma o médico e cientista Bernard Lown : “A medicina jamais teve a capacidade de fazer tanto pelo homem como hoje. No entanto, as pessoas nunca estiveram tão desencantadas com seus médicos.” Portanto, são notórios os entraves que o Brasil enfrenta para efetivar, homogeneamente, a humanização médica. Por isso, é mister o governo assegurar à população melhores condições de atendimento e apoio nas instituições de saúde, por meio da maior disponibilização de recursos financeiros investidos nessa área. Ademais, é necessário garantir a melhor inter-relação entre os médicos e a população, a partir de programas, os quais intervenham na formação dos acadêmicos de medicina, estimulando-os a uma maior sensibilidade e empatia pelo paciente.