"O médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe",frase de Abel Salazar que ilustra perfeitamente um problema pouco discutido atualmente, a humanização da medicina . Essa muito importante não somente para chamar a atenção dos médicos quanto a falta de afeto com seus pacientes, mas também para abrir os olhos da sociedade em que vivemos para a democratização dos postos de saúde, com médicos e tecnologia eficientes. Antes de mudarmos os parâmetros dos médicos e das universidades, deveríamos pensar sobre como popularizar efetivamente a saúde para todos os cidadãos. No Brasil, 48º país no ranking de saúde mundial, os agentes da saúde são poucos e mal pagos, criando filas para cirurgias, que muitas vezes não podem demorar, falta de equipamentos e milhões de mortes por ano, notando-se assim, a situação precária do país. A demonstração de carinho a partir de doutores leva esperança aos enfermos e ajudam esses a se sentirem mais potentes em relação à sua luta. Muitos pacientes se queixam por serem "abandonados" por seus médicos, o que pode acarretar no sentimento de fragilidade, juntamente com a falta de sono e fome piorando o grau de saúde do doente. Clínicos que não se comunicam adequadamente com seus pacientes tendem a tomar decisões que não os alegram, como disse Rita Charon: " Uma vida não é um registro em um prontuário". Além dos pontos mencionados, não podemos ter uma saúde de qualidade sem usufruir da tecnologia existente nos dias de hoje, raios X, cirurgias bem sucedidas, e diagnósticos precisos dependem imensamente da ciência vigente. Um local de saúde pouco industrializado, como todos devem saber, não mostra a eficiência demandada pelas doenças causadas, hoje, pela sujeira do mundo moderno. No conto de "Rapunzel", esta cura seu amado apenas com lagrimas de compaixão, metáfora que pode ser usada para mostrar o poder que o carinho e a afeição tem nas formas de cura. Embora a tecnologia, e a democratização da saúde sejam importantes, a humanização no atendimento aos doentes deve ser priorizada para que as pessoas, ao menos na doença, convivam com humanos, e não máquinas.