Medicina é, no Brasil, um dos cursos mais concorridos nas universidades. Todos os anos, milhões de médicos se formam, afirmando em seu Juramento Hipocrático praticar a profissão da melhor maneira possível. Mas, o que é preciso para ser um bom médico? Diagnosticar corretamente, fazer cirurgias bem-sucedidas, prescrever exames e medicamentos adequados – são geralmente as ideias lembradas quando se fala de bons profissionais da saúde. Porém, um item significativo é esquecido: o cuidado e a atenção com o paciente – a chamada humanização. Isso deve ser praticado por todos os funcionários da área da saúde (enfermeiros, fisioterapeutas, cuidadores, etc.), não se restringindo aos médicos. A importância de um tratamento humanizado já é comprovada. A falta de interação entre um médico e seu paciente pode resultar na morte deste. Isso ocorre porque, ao simplesmente ouvir o que o paciente tem a dizer, é possível que o profissional detecte algo que não consta no prontuário e que pode ser fundamental na cura do indivíduo. Além disso, ao ter uma relação de confiança com seu médico, o enfermo sente-se mais seguro e confortável em relatar fatos íntimos que podem ser determinantes em seu diagnóstico e tratamento. Um bom exemplo da humanização na saúde é visto através dos Médicos sem Fronteiras – uma organização não governamental que envia assistência para áreas que carecem de cuidado médico. Os voluntários se deslocam para locais muito precários, sem recursos e, muitas vezes, para zonas de guerras, oferecendo às pessoas desses lugares o melhor cuidado possível. Portanto, fica evidente a importância da humanização no atendimento à saúde. As universidades, brasileiras e internacionais, devem inserir em seu ensino esse tópico. Deve ficar evidente que o tratamento humanizado é essencial na formação de excelentes profissionais. Melhorar o cuidado com os pacientes tem como consequência a melhora na saúde como um todo.