A saúde humana é um direito a ser garantido ao cidadão. Nessa perspectiva, a humanização no atendimento é um setor precário e pouco desenvolvido no Brasil, isto é, formam-se periodicamente inúmeros profissionais na área de saúde, mas os mesmo estão desenvolvidos em meios mais técnicos do que humanos. Tal constatação, pode ser exemplificada pelo aprimoramento dos meios tecnológicos em detrimento das relações humanas. Vive-se, em uma era que a anamnese e o diálogo, na saúde, beiram a extinção. Logo, a falta de humanização nas áreas médicas, são também fruto da ganância e falta de vocação dos agentes de saúde. Em pleno século XXI, os frutos das revoluções industriais e os seus meios técnicos e científicos são cada vez mais inseridos nas profissões e relações humanas. Todavia, o uso abusivo da tecnologia, está compactuando para um distanciamento nas relações entre os médicos e pacientes. Assim, a formação acadêmica de cursos de áreas médicas, tem deixado a desejar acerca do relacionamento que deve ser desenvolvido pelo paciente, ou seja, um agente de saúde precisa aprender além das inúmeras noções biológicas, a psicologia humana. Embora, muito se saiba sobre os efeitos do psicológico em tratamentos, além da importância de humanizar os mesmos, a saúde ainda é um meio pouco humanizado. O fruto do capitalismo impulsiona relações efêmeras e voltadas ao interesse particular. Desta forma, muitos dos formados na área de saúde, preocupam-sem mais com os frutos do que com a finalidade. Com isso é perceptível que a falta de humanização, é um problema de carácter universal, visto que, os pacientes são prejudicados por não se sentirem acolhidos no meio hospitalar. Como consequência, surge pessoas desencantados pelos atendimentos médicos, além disso os efeitos tão benéficos da relações interpessoais na medicina são perdidos. Um paciente, então, tratado com carinho, atenção e podendo ser escutado, tem tendência a responder melhor aos tratamentos. Portanto, a humanização é um fator a ser desenvolvido a longo prazo. Como solução da falta da mesma, é imperativo um esclarecimento acadêmico, nas faculdades de áreas médicas, sobre como o processo de humanização é importante, com o apoio da psicologia como matéria obrigatória. Além disso, é necessário que os hospitais atualizem seus médicos e enfermeiros, com cursos de humanização e aprimoramento das relações na saúde, sempre escutando um feedback dos pacientes, sobre como vem sendo e como gostariam de ser tratados.