Título da redação:

Homem e máquina: impactos na saúde

Proposta: Humanização no Atendimento à Saúde.

Redação enviada em 09/04/2017

A Medicina já foi tratada como ciência da incerteza. Os diagnósticos rudimentares e genéricos não proviam ao profissional médico a certeza e a segurança de se definir qual doença acometia seu paciente. Com o avanço da tecnologia na ciência médica, cada dia mais, essa incerteza foi transformada em diagnósticos corretos, rápidos e que dão base tratamentos igualmente rápidos e eficazes. Imagina-se, portanto, que a satisfação dos pacientes seria proporcional a este avanço: mais tecnologia, mais agilidade, maior satisfação. Porém, na prática, vemos que a realidade é outra. Profissionais da saúde tem se apoiado tanto nos laudos de exames diagnósticos, que deveriam ser dados auxiliares, que se esqueceram de procurar as informações essenciais na fonte do problema: o próprio paciente. Partir do pressuposto de que o médico contem o conhecimento sobre saúde e não o paciente é totalmente errôneo. Ninguém conhece mais a sua saúde e o seu “normal" quanto você mesmo. A partir do momento que esse paciente para de ser ouvido, informações importantíssimas param de ser levantadas - informações cruciais para o bom desenvolvimento do atendimento deixam de ser levadas em conta. Isso acaba gerando não só o atraso no diagnóstico ou demora em se conseguir o sucesso no tratamento mas, de maneira igualmente importante, gera a insatisfação do paciente e o crescimento da mentalidade de desconfiança em todo um sistema de saúde. O campo da saúde provavelmente é o único em que o homem não pode ser substituído totalmente por uma máquina. O fator humano no tratamento de um paciente é essencial para o sucesso do mesmo. Caso não haja vínculo entre paciente e profissional da saúde, as chances de cura e de um bom tratamento diminuem; lembrando que um tratamento não está somente nas mãos de médicos. Um tratamento eficaz exige um bom trabalho de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, nutricionistas, etc e, é claro, do próprio paciente, que há muito tempo deixou de ser um agente passivo no que se diz respeito a sua saúde e passou a ser agente ativo e co-responsável dela. A humanidade do profissional de saúde deve ser resgatada com urgência e isso pode ser alcançado com o estímulo e inserção de estratégias de atendimento humanizado tanto no sistema público de salde quanto no privado. É importante também que tais estratégias sejam apresentadas e fomentadas desde quando esses profissionais estão na universidade, pois é ali que eles irão aprender que o envolvimento do paciente, desde o diagnóstico até seu tratamento, é a ajuda mais importante que podemos conseguir para alcançar um sistema de saúde completo, participativo, humanizado e harmonioso.