Título da redação:

Atendimento a humanos ou a objetos?

Proposta: Humanização no Atendimento à Saúde.

Redação enviada em 15/04/2015

O caos na saúde brasileira vem se desenvolvendo de forma assustadora. O que acentua esse quadro gótico é a desumanização no atendimento, que é um reflexo da junção da falta de recursos básicos, a falta de interação de “tecnologia” e “fator humano de relacionamento” e o mais crucial, a impessoalidade por parte dos profissionais da saúde. Inúmeros pacientes em todo o Brasil são vítimas da marginalização da saúde. Essa situação não é recente. Desde a colonização que a mesma é tratada como a moldura de um quadro, ou seja, sempre posta em último plano. A consequência dessa atitude tomada desde os primórdios torna os déficits na saúde publica uma constante e que pode interferir nas condições de trabalho do profissional e no atendimento oferecido ao paciente. Tendo em vista que a falta de recursos básicos pode desestimular o médico. Além disso, a ignorância por parte de alguns na junção tecnologia e fator humano de relacionamento pode afetar diretamente o atendimento ao paciente em questão. Há uma grave consequência na dissociação desses fatores. Não adianta ter todos os aparatos tecnológicos se não se dispõe da delicadeza do cuidado, por outro lado, reconhece-se que não ter recursos tecnológicos quando os mesmos são necessários, pode gerar estresse e conflito entre os profissionais. No entanto, entre esses fatores, o mais preocupante é a impessoalidade que é adotada pela maior parte dos médicos. A “ética narrativa” que foi enfatizada na Columbia University, em Nova York, tem como objetivo reduzir essa atitude dos profissionais em tratar seus pacientes de modo geral. O programa repudia qualquer negligência no atendimento aos pacientes, e propõe que o médico em vez de analisar minuciosamente os prontuários, ele escute o que eles têm a dizer sobre sua doença, proporcionando um atendimento mais humano. Portanto, para que o Brasil consiga quebrar essa constante nos déficits da saúde, a mesma deve deixar de ser marginalizada pelo governo, modelos como o Programa de Medicina Narrativa deve ser adotado nas universidades brasileiras, campanhas de humanização no atendimento médico devem ser ministradas tanto em instituições públicas quanto privadas, para que assim o quadro gótico pintado pela história se transforme em um classicista.