Vivemos em uma sociedade em que a saúde não é a prioridade. Construir e/ou reformar estádios de futebol é mais importante que resolver o caos que a saúde vive. Faltam leitos, remédios, atendimento de 24 horas com qualidade, estrutura adequada e médicos humanísticos, principalmente. A estrutura da saúde brasileira é bastante precária. E muitos médicos se aproveitam dessa falta de estrutura para negligenciar seus atendimentos. Esquecendo-se que ser médico não se resume apenas em atender, receitar e mandar para casa. E o amor, o carinho, o respeito com as vidas, a ética profissional e o compromisso, onde ficam? As consultas médicas parecem mais uma entrevista, não há mais uma relação médico-paciente. O médico não tem mais o interesse de conversar e procurar entender o que está acontecendo com o paciente. Pra ele o que importa é apenas o diagnóstico. Esquecendo-se que muitas das vezes o paciente só precisa de um médico amigo, que não trate apenas o corpo, mas principalmente a alma. A saúde precisa de médicos que ao invés de se acomodar e aceitar a situação caótica, lutem por melhorias. Médicos que lutem pela vida do paciente da mesma forma que lutaria pela vida de um familiar.