A Revolução Industrial trouxe diversos avanços tecnológicos e um deles foi ao campo médico, ajudando no diagnóstico e no tratamento de doenças. Porém, a qualidade no atendimento ao paciente não acompanhou esse mesmo desenvolvimento, provocando graves problemas à saúde pública e à população por ela agraciada. O fato de geralmente os hospitais públicos não ofertarem o material básico ao tratamento das pessoas é usado como justificativa do descaso ao ser humano. Entretanto, isso não legitima a questão da falta de interesse de diversos profissionais no processo de atendimento e da arrogância por se considerarem superiores ao paciente. Em diversos ambientes hospitalares, o contato é dispensado e a maior parte do diagnóstico e do tratamento é passada entre máquinas e ambientes isolados. Na obra “A Morte de Ivan Ilitch”, Liev Tolstói narra a insensibilidade do clínico que estava mais preocupado no diagnóstico do que com o bem estar do paciente. De forma semelhante é o contato entre o enfermo e alguns profissionais da saúde em que o tratamento se torna algo individual. A intensa hierarquia pregada por determinados médicos afugenta a pessoa que procura conforto e apoio no processo terapêutico da doença. O atendimento geralmente desconsidera o estado emocional e psíquico que se encontra o paciente, como resultado prejudica a recuperação efetiva do corpo humano. Infere-se que é importante uma ação do Estado e da sociedade na construção de uma saúde pública de qualidade. Cabe ao governo oferecer cursos de capacitação aos profissionais da saúde em atendimento humanizado. As universidades devem inserir aulas no curso de medicina que se voltem ao bem estar do paciente, para que assim o Brasil consiga melhorar o atendimento e a qualidade da saúde no país.