Título da redação:

O mal da rede

Proposta: "Hoax", notícias falsas e suas implicações em sociedades

Redação enviada em 18/02/2017

Durante o período da Guerra Fria, no qual o mundo se encontrava dividido entre ideologias socialistas e capitalistas, uma ferramenta primordial foi desenvolvida: a Internet. Inicialmente utilizada para fins militares e acadêmicos, a rede mundial de computadores cresceu em ritmo acelerado a partir da década de 1990 quando começou a alcançar a população em geral com portais de serviços online. Sites de pesquisas escolares, jogos de pura diversão e salas de bate papo passaram a ser usadas por diversos segmentos sociais, e se intensificaram com o surgimento das redes sociais que possibilitaram a difusão rápida de atualidades e até mesmo compras de produtos com apenas um click. Com isso, simultaneamente surgem os “hoaxes”, notícias falsas que se espalham de forma exorbitante e veloz, formando cada vez mais mente alienadas. Acessadas por milhares de pessoas de diferentes faixas etárias, as famosas redes sociais adquirem extrema importância, visto que são os principais meios de comunição através dos quais a população se relaciona diariamente. No entanto, páginas publicam frequentemente dados sobre política, cultura e religião sem nenhum fundamento, ocasionalmente com o intuito de prejudicar ou denegrir a imagem de uma associação, empresa ou pessoa, objetivando ter o maior número de visualizações e dessa forma, obter lucro com o mercado de notícias errôneas. A problemática surge quando internautas sem discernimento e capacidade crítica, guiados pela curiosidade, imediatamente compartilham e contribuem com a propagação de falsos boatos, consequentemente geram polêmicas e desarmonias entre sociedades. Outrossim, é válido salientar que existem “hoaxes” apelativos que tentam transmitir um vírus informático ou extorquir dinheiro de alguém. Com conteúdos deveras alarmante e urgente, para causar impacto e sensibilização das pessoas, é comum encontrar publicações enganosas em que aparecem crianças desaparecidas ou doentes e por cada pessoa que compartilhar, uma determinada empresa irá doar dinheiro para ajudar a encontrar ou curar, por vezes podem até pedir doações e dados pessoais. Há também montagens de fotos e vídeos, nos quais supostamente são apresentados extraterrestres, OVNIs e outros elementos misteriosos despertando a atenção e o interesse dos indivíduos, semelhantemente com os anúncios que os levam a acreditar que ganharão celulares, carros, viagens e outros produtos se clicarem em determinado link, por vezes infetando o computador com vírus. Entende-se, portanto, que a dificuldade em controlar as informações que são publicadas ocorre devido a grande repercussão que essas causam e no alto número de acessos que possuem. Não obstante, assim como já ocorre o combate aos “hoaxes” na Europa, o Governo Federal em parceria com as redes sociais, deve criar um órgão regulador capaz de identificar conteúdos de má-fé e desenvolver campanhas de abrangência nacional junto às emissoras abertas de televisão conscientizando e instruindo a população de como reconhecer notícias enganosas, além de estimular a denuncia a casos suspeitos. No âmbito educacional e familiar, cabe aos responsáveis auxiliar na formação de cidadãos com sensatez e comprometidos em garantir o bem-estar da sociedade como um todo.