Devido ao crescimento no número de usuários da internet e a consequente facilidade para se propagar informações, as notícias falsas, também conhecidas como “pós-verdades”, vem ganhando espaço principalmente quando o assunto envolve pessoas políticas ou acontecimentos de valor nacional. O reconhecimento da veracidade de uma notícia há a algumas décadas era baseado em procedimentos jornalísticos. Redes de imprensa e jornais eram os únicos portais que controlavam essa disseminação, diferente dos dias atuais, em que qualquer pessoa tem a liberdade para explanar fatos que considere verdadeiros. A eleição dos EUA no penúltimo mês de 2016 foi fonte para a criação de inúmeras notícias sem fundamento. Entre elas, estavam dados incoerentes sobre a votação, calúnias envolvendo os candidatos e a desmoralização da democracia no país. Nas redes sociais, três das cinco notícias compartilhadas eram falsas. A inversão nos papeis das notícias e de quem as prolifera é clara. O que antes era compartilhado com base em estudos por aqueles que tem o papel de ajudar e informar, hoje é propagado sem nenhuma fonte de pesquisa por pessoas que muitas vezes nem percebem o quanto isso pode influenciar nas atitudes tomadas por quem está exposto a elas. Como forma de reduzir tamanha implicação na sociedade, é importante que grandes sites de pesquisa e redes sociais controlem esse tipo de informação viral entre as publicações; além disso, a criação de plataformas administradas por grupos de pessoas que controlem somente a entrada de notícias com fonte reconhecida é uma boa forma de filtrar o que é verdadeiro ou não.