A vontade do ser humano de espalhar notícias pelo mundo não vem dos dias de hoje. Desde a Grécia antiga os indivíduos veem necessidade em trocar ideias, visando agregar conhecimento e, principalmente, discutir questões sobre a sociedade em que se vive. Mas, com o mundo globalizado de hoje, como garantir a veracidade dessas informações? É indiscutível que as redes sociais têm atualmente um papel essencial na propagação de notícias em tempo real. Por esse motivo, torna-se difícil distinguir os boatos dos fatos em si. Casos famosos como o do suposto sequestro da youtuber britânica Maria Joyce não são raros, e tomam proporções imensas com apenas um clique. Dessa maneira, as vantagens que sites como o Facebook e o Twitter trazem é uma faca de dois gumes. Ao mesmo tempo que há a possibilidade da disseminação de notícias em uma velocidade inédita, somos reféns da desonestidade e má índole de indivíduos que utilizam essas ferramentas como meio para tirar vantagem de usuários ingênuos. A propagação de notícias falsas, então, nada mais é do que o reflexo da própria população. De um lado, pessoas dispostas a mentir e/ou denegrir a imagem de outros indivíduos, de outro, uma sociedade sedenta por informações e sem nenhum tipo de referência sobre as fontes que utilizam. É um ciclo que parece se agravar cada vez mais. Sendo assim, o pode-se perceber que o problema está não nas funções proporcionadas pelas redes sociais, e sim pela utilização mal intencionada ou mal informada das mesmas. A procura da sociedade em saber as fontes e os autores daquilo que compartilham, conferindo a veracidade das informações, somado à políticas restritivas dos próprios meios de veiculação, garantiriam uma internet muito mais limpa de boatos e histórias sem fundamento.