O grande cientista Albert Einstein, ao dizer que “tornou-se aterradoramente claro que a nossa tecnologia ultrapassou a nossa humanidade”, provocou uma contundente reflexão acerca da evolução tecnológica e de suas diversas consequências. Diante disso, é perceptível o aumento notório da disseminação de falsas notícias no ambiente cibernético, os chamados “hoaxes”, combalindo o corpo social brasileiro. É pertinente elencar, de início, que essa proliferação passou a ser um fato nítido no limiar desse século, quando o advento das redes sociais tornou-se realidade para uma exacerbada camada social. Dessa forma, essa tecnologia foi essencial para a criação de uma grande diversidade de boatos, em que, seus principais objetivos são o alcance de um elevado contingente de internautas e uma possível crença na legitimidade dos fatos veiculados pelo alto número de compartilhamentos, evidenciando, assim, o conceito de pós-verdade instituído pelo dicionário Oxford em 2016. Além disso, ainda há outra razão para a maximização da problemática. Sem dúvidas, a monetização dessas falsas notícias pelos veículos de comunicação, corrobora para perpetuação dessa prática, implicando em um grande descontrole na sociedade, uma vez que, essas informações podem acarretar em difamações de pessoas e influenciar diretamente em resultados políticos. Ficando evidenciado na eleição presidencial dos Estados Unidos em 2016, quando sites especializados na produção de conteúdo falsos, emitiram em suas páginas matérias corrompendo a imagem de um dos candidatos em troca de benefício monetário. Torna-se evidente, portanto, que a divulgação dos “hoaxes” apresenta entraves que necessita ser revertido. Em curto prazo, a Agência Nacional de Autorregulação da Internet (ANARNET), deve burocratizar o compartilhamento de notícias nas redes sociais, criando mecanismos de perguntas de segurança antes do compartilhamento. Em médio prazo, o Governo deve estabelecer multas aos sites que emitirem boatos na internet por mais de uma vez. Em longo prazo, cabe ao Ministro das Comunicações, instituir campanhas midiáticas enfatizando a importância da diferenciação dos conteúdos úteis dos fúteis no âmbito cibernético. Dessa maneira, a máxima de Einstein terá menos evidencia na sociedade brasileira.