No que se refere as falsas notícias, tal problemática tem se agravado nos últimos anos, principalmente devido ao surgimento das redes sociais, que colaboram para uma maior propagação de conteúdos nem sempre verdadeiros. Fato que leva um indivíduo ou grupos organizados cometerem determinadas ações, muitas vezes de modo violento, baseados em mentiras. Nesse contexto, práticas do tipo atingiram outras proporções no Brasil. Em 2014, a dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, faleceu em decorrência de um espancamento coletivo, provocado por moradores de uma região localizada no litoral do estado de São Paulo. As agressões foram motivadas por um comunicado publicado via Facebook, no qual acusava a vítima de raptar crianças para usa-las em rituais de magia negra dentro de sua residência. Em outros países, no entanto, essas atitudes se apresentam de forma à acirrar os embates políticos e ideológicos, uma vez que algumas das notícias falsas que mais repercutiram nos Estados Unidos, contribuíram para o acirramento das disputas eleitorais do país norte americano em 2016, por meio de boatos que envolviam os dois candidatos à presidência. Sob esse aspecto, o que torna a questão preocupante é que mesmo que essas afirmações não apresentem nenhuma base concreta, ainda sim, há pessoas dispostas a acreditarem sem qualquer questionamento sobre a veracidade dos fatos. Desse modo, é preciso que, por intermédio de uma parceria entre o Ministério Público e Polícia Civil, criem programas e aplicativos capazes de detectar informações maliciosas que circulam na Internet, no intuito de possibilitar investigações para impedir a propagação de conteúdos com caráter duvidoso sejam disponibilizados à sociedade.