"Anda, quero te dizer nenhum segredo! Falo nesse chão da nossa casa. Vem, que tá na hora de arrumar!... Terra, és o mais bonito dos planetas, tão te maltratando por dinheiro..." Esse clássico, da década de 1980, "Sal da Terra", é atual e reforça que hoje, mais de 30 anos após seu lançamento, o Brasil ainda representa uma das economias mundiais pouco preocupadas com a gestão de seus resíduos. Tal fato preocupa, pois como isso, tem-se o aumento do consumo e produção de "lixo" em larga escala, ou seja, montanhas de descarte. Grande parte da população brasileira não desenvolveu a chamada consciência ambiental, ou não teve acesso à informações eficientes quanto ao cuidado com os recursos naturais. Ficam então, inertes às consequências de suas ações e dos impactos negativos que não veem. Assim, não percebem que, os problemas decorrentes dos incontáveis danos, vão além dos desastres impactantes, como o ocorrido recentemente na barragem do feijão, em Brumadinho, ou o de Mariana, que aconteceu em 2015, ambos relacionados a má gerência de resíduos de mineração. Muito do que é consumido aqui, por não haver planejamento estratégico dos governos, inclusive, vai para lixões - ou é lançado de qualquer forma nos aterros sanitários. Além disso, grande parte daquilo que é adquirido têm como referência apenas a moda. Dessa forma, os efeitos apenas crescem. Logo, transformar o pensamento da população e, claro, dos dirigentes de órgãos e empreendimentos, para que compreendam o fundamento da redução do consumismo e priorizem manejo consciente do remanescente, é vital para a vida. É impreterível que o governo federal contrate, por meio de seleção, pessoal qualificado para realizar formação continuada, nas escolas, empresas, espaços públicos.