Título da redação:

Geração Z: divididos entre o real e o digital

Tema de redação: Geração ‘Z’: o descrédito para o futuro ou o avanço sem limites?

Redação enviada em 18/07/2015

O advento da rede mundial de computadores em meados dos anos de 1990 significou a possibilidade de difusão quase instantânea das informações. Hoje, embora passadas apenas poucas décadas desde sua origem, o uso da internet se expandiu, e a geração Z, como são chamados os meninos e meninas criados imersos nas tecnologias digitais, caminha para a idade adulta. Para esta geração, as relações humanas não se processam apenas na realidade física, e o imenso contingente de informações torna a concentração numa única tarefa algo difícil. O avanço das tecnologias de comunicação significou o desenvolvimento de novas formas de sociabilidade. Com as redes sociais, a reunião de pessoas a partir de interesses comuns é facilitada, promovendo-se, igualmente, o intercâmbio de ideias entre pessoas distantes geograficamente. Esta ferramenta, entretanto, pode se tornar nociva ao usuário caso ocorra em detrimento da socialização no mundo real, substituindo-a. Nestes casos, o utilizador das redes sociais pode se sentir solitário, abrindo caminho para a depressão e outras enfermidades, quer físicas ou psicológicas. Ademais, a exposição constante a uma variedade de aparelhos eletrônicos pode resultar na dificuldade do jovem em focar numa tarefa por vez. Por um lado, esta profusão de estímulos a que o jovem está submetido desde a mais tenra infância vem propiciando um aumento paulatino no coeficiente de intelectualidade (QI) entre as gerações, fenômeno conhecido no meio científico como efeito Flynn. Por outro lado, entretanto, o uso indiscriminado de tecnologias digitais pode resultar num padrão de raciocínio fragmentário e dispersivo. Deste modo, cabe à sociedade em geral orientar o jovem sobre a importância da utilização saudável das tecnologias digitais. Neste particular, a escola desempenha papel fundamental, ensinando-os sobre o uso construtivo dos meios eletrônicos, fazendo-os perceber que, mais que nativos virtuais, eles são cidadãos do mundo real.