Música alta enquanto estuda para uma prova e uma rápida olhada no aplicativo Whatsapp entre uma página e outra são comuns aos jovens da geração Z. Nascidos a partir do ano 2000, essa geração veio ao mundo no auge de sua tecnologia e consideram o ambiente virtual tão ou mais importante que o real. Vivem conectados, através de tablets, computadores e a infinidade de redes sociais existentes. Para eles, é impossível imaginar um mundo sem tecnologia, muitos a consideram essencial à vida. Mostra assim, a necessidade de um debate sobre as possíveis consequências a cerca da utilização sem limite das redes sociais e a dependência causada por aparelhos eletrônicos. Seu mundo é tecnológico e virtual: telefones celulares, televisores com alta definição, videogames com gráficos exuberantes e, cada vez mais, novidades. Tudo o que acontece é noticiado em tempo real e esse volume imenso de informações rapidamente não tem valor algum. O mesmo acontece com as pessoas, uma vez que é fácil fazer e desfazer amizades através das redes. Os jovens dessa geração não tem a mesma ambição que as gerações anteriores, nem mesmo lidam com as relações pessoais e profissionais da mesma forma. Não possuem a mesma paixão que as gerações mais antigas tinham pela conquista, pois tudo lhes é dado com tanta facilidade, tudo se deteriora e fica "velho" tão rápido, que não ha o gostinho da vitoria. Além disso, sofrem com a falta de expressividade na comunicação verbal, principalmente, com os mais velhos. Uma vez que, em sua realidade, a comunicação foi facilitada por gírias, imagens e mensagens virtuais. O que trouxe consequências também as relações amorosas e escolhas profissionais. Visto que usam programas de paquera, via internet, onde começam e terminam relacionamentos amorosos e se interessam por profissões mais despojadas como jogadores de futebol, artistas, modelos, pois, em sua maioria, são populares nas redes sociais as quais estão. Em outros tempos, na geração Y e anteriores, ter um aparelho de celular era algo raro e, inicialmente, muito caro, servindo apenas para ligações muito importantes. Caso uma mãe quisesse saber o paradeiro de seu filho, iria esperar por toda a tarde para que o mesmo aparecesse. As crianças dessas gerações brincavam na rua, tinha mais interesse pela pratica esportiva e acabavam por ser mais saudáveis e ativas. Hoje, mesmo em bairros mais humildes é raro ver crianças brincando na rua. O que demonstra que através da modernização tecnológica, o comportamento de indivíduos também é repaginado, o que afeta novas e futuras gerações. Frente ao exposto, é necessário um compartilhamento de responsabilidades entre governo, sociedade e cidadão. Cade ao governo, com a colaboração da mídia, alertar os pais sobre os problemas acarretados pelo mal uso de redes sociais e determinados programas por jovens menores de idade, uma vez que sua personalidade esta em formação. A sociedade cade, através de Organizações sem fins lucrativos, oferecer atividades que melhorem a interação social de crianças e adolescentes, como aulas de dança, teatro e oficinas de leitura. Já aos pais cabe fiscalizar aquilo que os filhos tem acesso e orienta-los sobre o que devem ou não usar. Pois, somente através de educação e conscientização é possível mostrar as melhores escolhas para que tais crianças se tornem adultos responsáveis.