Título da redação:

Fascismo digital

Tema de redação: Geração ‘Z’: o descrédito para o futuro ou o avanço sem limites?

Redação enviada em 10/07/2015

Da escrita, passando pela criação da imprensa e da fotografia, à era digital, a comunicação passou por abruptas revoluções. O mundo ficou "menor", as interações tornaram-se mais fáceis e o ser humano, mais acomodado. Se por um lado a revolução técnico-científica-informacional proporcionou ao homem um estilo de vida mais simples e dinâmico, por outro, tem tornado-o um ser desprovido de senso crítico e, em alguns casos, um "aleijado social". No que se refere aos benefícios que a 3° revolução industrial proporcionou e ainda proporciona à sociedade, não é de difícil percepção sua volumosa presença, haja vista a diferença no estilo de vida observados a cada geração. Meios de comunicação. Novos instrumentos tecnológicos. Conhecimento grátis e objetivo ao trabalho de um "clique". A distância já não é um problema no mundo contemporâneo. Entretanto, o mesmo "clique" que leva a uma infinidade de bons conteúdos, tem tirado da sociedade a capacidade de questionar. O receptor, antes passivo e manipulado pelas grandes redes de comunicação, hoje, mais ativo, manipula e é manipulado por demais "receptores". Uma postagem com dez mil compartilhamentos torna-se verdade absoluta, um boato viraliza pelo simples fato de não ser averiguado. A massa dita suas verdades, padroniza opiniões e a sociedade vive um "fascismo digital". "A internet é uma poluidora, não ecológica, mas espiritual" Carlos Heitor Cony. É importante ressaltar também a considerável parcela da população que tem trocado sua vida social por uma "tela de led". A vida real tem ficado cada vez mais em segundo plano, o que pode acarretar em problemas como depressão e obesidade. A questão das novas tecnologias de comunicação é, portanto, um tema delicado e paradoxal e, por conseguinte , merece a devida atenção. Espera-se que medidas sejam tomadas pela escola, que deve disponibilizar o acesso à internet para fins educativos, pela sociedade que deve filtrar conteúdos e posicionar-se mais criticamente frente determinadas informações e, essencialmente, pela família que deve regular o acesso às novas tecnologias de seus membros mais novos e evidenciar o valor de um bom livro e de uma vida longe das telas.