Multidão solitária e modernidade líquida. Esses foram termos criados pelo sociólogo Zygmunt Bauman para caracterizar a sociedade contemporânea. Isso se deve ao fato de que a tecnologia deixou o mundo mais próximo, mas afastou quem já estava próximo e tornou as relações mais rasas, menos sólidas. Há muitos efeitos negativos que esses avanços tecnológicos podem ter, como a perda na capacidade de refletir do homem contemporâneo. No entanto, as novas ferramentas podem transformar a vida de todas as pessoas mais prática e, se bem usada, auxiliar na educação dos jovens que já nasceram conectados. Em primeiro lugar, é válido perceber que o mau uso das tecnologias é o grande problema. A todo momento somos “bombardeados” com informações sobre o que ocorre em qualquer lugar do mundo e não somos capazes de lidar com toda essa quantidade de informação. Dessa forma, não há aprofundamento sobre nenhum assunto e o homem reflete pouco sobre o que o cerca, assim se torna mais facilmente manipulado. Porém, quando bem usada, a tecnologia pode ser uma ótima ferramenta para viver em um mundo cada vez mais veloz, existem muitos sites e aplicativos que podem auxiliar nesse processo. É importante destacar, ainda, que a tecnologia pode e deve ser inserida no campo da educação. Os jovens de hoje já não se adequam ao modelo anacrônico de ensino, ficar por horas em uma carteira escolar com o modelo quadro-professor pode desestimular o aluno. Aulas mais dinâmicas, com uso de novos recursos e até mesmo o uso dos aparelhos celulares em classe podem ajudar o aluno a se interessar mais por algum conteúdo. Para isso, as escolas precisam atualizar seus métodos de ensino, a fim de acompanhar o ritmo da sociedade e não se tornar uma instituição fora de moda, ultrapassada e desinteressante. Fica claro, portanto, que a tecnologia não deve ser vista como a grande vilã da geração que já nasceu conectada. Ela deve ser utilizada de modo mais consciente para melhorar diversos aspectos da vida moderna. Cabe ao próprio indivíduo buscar meios de otimizar sua vida, analisar a veracidade das informações de forma mais crítica e gerir bem o tempo no mundo virtual; e ao Estado, por meio de subsídios, incentivar as escolas para que se modernizem e adaptem à nova realidade dos estudantes, a fim de fazer com que se interessem cada vez mais pelo conhecimento. Somos os criadores dessa ferramenta, não deixemos que a criatura domine seu próprio criador.