Sem dúvidas, a informatização trouxe à humanidade novas maneiras de interação. No que tange aos relacionamentos interpessoais, ela diminuiu barreiras e expandiu o alcance da comunicação unificando-a e otimizando-a, tudo através dos avanços tecnocientíficos, os quais foram incorporados sem muita resistência á sociedade, principalmente nos mais jovens. No entanto, essa nova maneira de interação tem contribuído para construção de relacionamentos cada vez mais vazios e frágeis pondo em risco a boa conduta e a vivência em sociedade. Ao retratar essa infinidade de possibilidades de relacionamento, o indicado ao Oscar 2014, Her, que demonstra um caso amoroso entre um homem e um sistema operacional futurístico, faz uma crítica ferrenha aos relacionamentos virtuais que fazem as interações físicas tornarem-se obsoletas, o que é cada vez mais comum atualmente. Em suma, um dos aspectos mais importantes das relações humanas, que é a interação física, está se perdendo devido ao mau uso da tecnologia. Outro problema decorrente do uso excessivo da tecnologia está na área profissional da população. Nesse aspecto, muitas pessoas, principalmente os jovens, conhecem a tecnologia como uma forma exclusivamente de lazer e, usado-a irracionalmente, prejudicam-se na escola ou no trabalho, já que ela tira a atenção das tarefas diárias e compromete o rendimento nessas áreas. A tecnologia é uma importante aliada do ser humano. Mas, como outras ferramentas, ela precisa ser usada racionalmente para que se usufrua, de fato, de tudo que ela pode oferecer. Para isso, o governo e ONG's de cunho social precisam desenvolver companhas que promovam o uso correto da tecnologia e, ainda, que incentivem relações pessoais em detrimento de virtuais, destacando seus efeitos positivos para a vivência em sociedade. Tais campanhas podem ser veiculadas na televisão, internet e principalmente nas escolas, através de oficinas interativas, por exemplo.