O mundo passa hoje pela terceira revolução industrial, na qual o desenvolvimento da tecnologia informacional impulsionou a globalização. Tal avanço possibilitou a comunicação e a aproximação de continentes e nações. A geração de jovens conectados à vida virtual acaba os afastando da vida real, podendo interferir no contexto educacional, reduzindo a atenção e o interesse desse público. Os adolescentes da sociedade contemporânea estão totalmente habituados ao mundo virtual. De acordo com reportagem do Fantástico, em 2014, os jovens brasileiros passam cerca de seis horas diárias em redes sociais, no celular. Esses indivíduos passam a maior parte do tempo em aplicativos como “WhatsApp”, “Instagram” e “Facebook”, o que aumenta a interação virtual, mas reduz as interações pessoais, prejudicando as relações com familiares e amigos. Essa facilidade de acesso à rede e aos meios tecnológicos podem ainda prejudicar a concentração e o aprendizado dos alunos, uma vez que os aparelhos celulares estão cada vez mais presentes em sala de aula. Em 2014, o caso do aluno de Sergipe que processou o professor por confiscar seu celular durante a aula ganhou repercussão em todo o país. O educador ganhou a causa, pois o uso desses aparelhos no ambiente escolar interfere na formação dos jovens, gerando desatenção e desinteresse no aprendizado. Cabe às escolas, portanto, elaborar regras internas e fiscalizar o uso de celulares pelos alunos, aplicando medidas cabíveis aos infratores, como advertência e suspensão. O Estado deve apoiar as escolas na normatização e fiscalização do uso de celulares e tablets na sala de aula, através da implementação de detectores metálicos, principalmente em período de provas. Os pais devem vigiar atentamente os seus filhos no uso contínuo do celular, inclusive no porte do aparelho na escola. Além disso, é importante promover as relações pessoais através de programas como piquenique e praia a fim de evitar a formação de jovens estritamente internautas.