Esportes como futebol, vôlei, xadrez, etc, buscam a aproximação das pessoas, fazendo-as conversar e montar estratégias para a prática da atividade. Porém, a sociedade capitalista remove esse traço de inclusão, tornando o esporte ferramenta econômica e seletiva. Hoje, o esporte move mais de bilhões de reais na economia brasileira. O que deveria ser prática de lazer e melhoramento na saúde, na verdade, é usada para movimentar dinheiro. O alto valor gasto em manutenção de estádios e de ingressos para assistir jogos em arquibancadas, camarotes e áreas VIP's, causam desperdício de recursos e segregação social. A seletividade no esporte também é comum. Apenas os melhores podem jogar campeonatos e fazer parte de times de alto prestígio. Desse modo, o traço cooperativo e coletivo deixa de existir, formando uma atmosfera individualista e cruel para aqueles que não corresponderem as exigências dos times. Portanto, fica claro que ao invés de incluir, o esporte está segregando. O governo deve redirecionar parte da verba utilizada no esporte de âmbito seletivo e econômico, para a manutenção da instituição escolar, pois esta sim, oferece verdadeira inclusão social para as pessoas, formando cidadãos críticos e pensantes. O esporte conectado a escola, pode ser oferecido, através de profissionais capacitados para tal, de forma coletiva e cooperativa, se tornando, verdadeiramente, ferramenta de inclusão social.