Dentre as diversas formas de inclusão social está o esporte, que, na maioria de suas práticas, é acessível as mais diversas camadas da sociedade. Contudo, é perceptível no século XXI que as diversas modalidades esportivas deixaram de ser algo prazeroso e de interação entre as classes e se tornaram meros mercados onde o que tem condições financeiras frequentam ginásios e complexos esportivos de alto nível e aqueles mais humildes não têm onde sequer praticar o futebol, prática que não exige muitos recursos. Tal realidade é devido a histórica desigualdade social brasileira e o descaso governamental a favor da prática esportiva entre a população mais pobre. É muito evidente a suja exclusão social a qual o Brasil está subordinado. Tal realidade é notória desde os tempos da colonização em que os senhores de engenho usufruíam do bom e do melhor e os escravos e os "não cidadãos" viviam à margem da sociedade. O esporte seria uma das melhores formas de superar essa desigualdade, contudo, até esse meio de diversão e inclusão virou alvo do capitalismo, onde escolas particulares, clubes, ginásios e etc. só são acessíveis a quem tem condições financeiras, aumentando o já tão grande contraste social brasileiro. Além da desigualdade financeira e social afetar a prática esportiva entre os brasileiros o governo, mais precisamente o executivo, vira as costas para esse meio de integração. Escolas sucateadas, praças esportivas depredadas, enfim, não há política de inclusão através de atividades físicas por parte dos representantes do Brasil. Isso evidencia que o esporte, o qual a Constituição Federal Brasileira de 1988 garante a todo cidadão, não sai de um mero papel. Diante dos fatos, portanto, é importante que haja interação social entre as classes, isso pode ser feito com a criação de ONG's para práticas esportivas para população carente e rica, essas organizações devem ser criadas pela própria sociedade. E os executivos federais, estaduais e municipais, por sua vez, devem investir em infraestrutura de escolas e praças esportivas para que o esporte seja uma das boas alternativas para o futuro dos jovens, tais investimentos devem contemplar principalmente localidades onde o índice de pobreza é mais expressivo.