Título da redação:

Equilíbrio aristotélico

Tema de redação: Esporte no Brasil: ferramenta de inclusão social ou meritocracia excludente?

Redação enviada em 20/04/2016

O esporte, durante toda sua história, foi encarregado de tarefas- tais como treinar guerreiros, divertir multidões e propagar ideias. Atualmente, ele ganha outras funções sociais. Deve-se, portanto, inferir acerca dos possíveis reflexos provocados pelas atividades físicas. Apesar do esporte brasileiro ser um mediador social, ele ainda precisa de melhorias. A prática deste auxilia o jovem na interação coletiva e no respeito ao próximo. Logo, este fica, também, menos vulnerável ao crime pois, como diz o dito popular, mente vazia é oficina do diabo. Porém, nem todas as camadas sociais têm contato com esses privilégios. A maioria dos investimentos ainda são direcionados ao esporte de elite. Os patrocinadores quando disponibilizam as verbas para tal atividade, pensam no retorno rápido. Algo que dificilmente ocorre ao se bancar um jovem que está construindo sua carreira. Este que poderia ser um futuro atleta é exposto a condições precárias: treinamento em piscinas e em quadras sucateadas, por exemplo .Por conseguinte, os sonhos de se tornar atleta tendem a sofrer o mesmo destino do desejo da personagem Sinhá Vitória no livro “Vidas secas”, ou seja, não se realizam. Dessa forma, mudar é difícil, todavia é possível e preciso. Em suma, o esporte age como integrador social, no entanto necessita do redirecionamento dos patrocínios. Para equacionar tal impasse, é preciso que o governo estadual- através da Lei de Incentivos Fiscais- diminua a carga tributária- I.C.M.S., por exemplo- em troca de obras de infraestrutura esportiva com direito a participação dos lucros. Além disso, o governo municipal poderia incentivar os clubes a patrocinarem alguns atletas não profissionais- diminuindo o I.P.T.U destes, por exemplo. Assim, conseguiríamos- por meio da política- alcançar o equilíbrio social tão sonhado por Aristóteles.