Na Grécia Antiga, havia eventos esportivos que ocorriam na cidade de Olímpia, por isso foram denominados de Olimpíadas. Essas competições tinham como objetivo agregar os diversos povos, a fim de celebrar a paz e, para isso, os participantes deveriam se preparar fisicamente. Desde então, o esporte foi visto como uma atividade paradoxal, de um lado, promove a integridade social e o bem-estar físico e metal, e, do outro, seleciona os mais aptos e cria uma visibilidade grandiosa para estes. Apesar da importância da prática de exercícios físicos, as camadas menos afortunadas não possuem condições propícias para a prática, enquanto as classes mais altas não têm tempo para se dedicar. Nesse contexto, percebe-se que no Brasil faltam investimentos nos setores de lazer e bem-estar. Já que, diversas cidades não apresentam áreas de recreação e diversão, nas quais a prática do esporte fica comprometida. Além disso, há locais que existem quadras e academias ao ar livre, porém a população não oferece devido valor, ou pior, geralmente, ocorre a depredação desses espaços. Nas escolas ocorrem fatos semelhantes. A ausência de uma área para as atividade físicas, proporciona aos alunos um sentimento de aprisionamento, porque não gastam energia, e isso levará para um estado de agitação que, prejudica a concentração nos processos pedagógicos. Ainda convém lembrar que, se há locais para as práticas de exercícios físicos, eles podem não ser executados da forma mais adequada. Já que, muitos professores de educação física apenas oferecem os instrumentos para as atividades, como a bola ou a peteca, e deixa os alunos se auto organizarem. Essa atitude proporciona a seleção dos mais fortes, flexíveis e rápidos, enquanto aqueles que apresentam maiores dificuldades serão excluídos. Além disso, gera um sentimento de inferioridade em relação aos outros colegas, como também, a perda da vontade de praticar atividades esportivas por prazer. Em adição a esses, os alunos excluídos sofrem com o bullying. Outro fator existente são os benefícios adquiridos em função dos exercícios físicos. A ginástica, o ballet, o futebol, a dança, a natação, o boxe, o karatê, a yoga e o ciclismo promovem o bem-estar, a manutenção do tônus muscular, a resistência respiratória e a melhor circulação sanguínea. Ademais, os esportes coletivos propiciam a socialização e a interação interpessoal, que são características quase inexistentes no mundo atual globalizado, que está se tornando cada vez mais individualista. Por fim, os exercícios proporcionam a liberação de endorfina e serotonina, neurotransmissores essenciais para a ocorrência de um impulso nervoso mais eficaz e a sensação de prazer. A fim de amenizar tal problemática, é necessário que as escolas contratem professores de educação física qualificados, além de supervisionar a eficiência das aulas, com o objetivo de que os alunos não promovam a exclusão dos colegas menos hábeis e que os benefícios do esporte sejam alcançados. Ademais, o governo deve investir em espaços livres para incentivar a população a inserir a prática dos exercícios físicos no cotidiano. Outra medida importante, é a disseminação por parte da comunidade, através de palestras e campanhas, para incentivar a preservar esses locais, como também relatar das vantagens do esporte.