A endorfina, substância liberada no organismo quando pratica-se atividade física, estimula o bem estar corporal e mental. Com várias modalidades, o esporte, além de proporcionar os benefícios para o metabolismo, está sendo cada vez mais utilizado na tentativa de estimular a inclusão social. Segundo a teoria da "Ação social", do sociólogo Max Weber, a sociedade é movida pelas atitudes de cada indivíduo, e este, por sua vez, orienta-se de acordo com a coletividade. Nesse sentido, a integração causada por projetos que levam o esporte até áreas de periferia, promove uma "reação em cadeia" do bem, expandindo-se e conquistando mais adeptos, resgatando assim, a juventude das ruas. O abandono dos estudos e a entrada para a criminalidade são fatos corriqueiros no cotidiano dos jovens marginalizados socialmente e, os exercícios físicos têm sido benéficos para combater essas adversidades. Além de sentirem-se acolhidos em um grupo que os estimula, a expectativa de um modo de viver mais digno mantém crianças e adolescentes interessados em frequentar as escolas e os projetos esportivos. A exclusão social e o preconceito direcionados aos deficientes físicos pela população também têm sido amenizados com a ascendente participação destes em práticas esportivas competitivas ou simplesmente para o lazer. Dessa forma, conquistam maior inserção na sociedade e adquirem um novo sentido para a vida. Portanto, é imprescindível a participação do Estado nos projetos sociais visando intensificar a atuação destes nas áreas mais necessitadas, pois, com a entrada do esporte, os benefícios serão, não só para os indivíduos que vão conquistar sua inclusão social, mas também para a sociedade que colherá os frutos desta iniciativa, baseada na ação social e na solidariedade.