A partir dos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga, os esportes foram difundidos ao redor do globo e hoje desempenham papel fundamental nas sociedades, inclusive na brasileira. Antigamente, eram esportistas os que possuíam mais habilidade em determinada modalidade, e hoje não é muito diferente, embora sejam acessíveis a todos. No Brasil, a prática de esportes é rodeada por uma meritocracia excludente com presença de racismo e de valorização do resultado ao invés de todo o processo, como nas escolas. É sabido que os esportes desempenham papel fundamental nos colégios porque proporcionam maior rendimento escolar com melhora na memória e na autoestima, além do condicionamento físico e da saúde do indivíduo. Somando-se a isso, o desporto é uma importante ferramenta, se usada corretamente, de inclusão social dando aos cidadãos carentes uma perspectiva de vida através dos exercícios. Entretanto, é mais comum ocorrer o uso errôneo dos desportes, o que acaba gerando uma valorização por habilidade, havendo afastamento. Essa exclusão pode ocorrer pela valorização das habilidades de certos indivíduos em detrimento da falta de aptidões de outros. Isso faz com que os menos talentosos nos esportes se sintam suprimidos, não sentindo vontade de desenvolver e até desistindo das práticas esportivas. Vê-se, portanto, uma supressão, uma exclusão que não deveria acontecer, pois a intensão dos esportes nas escolas, principalmente brasileiras, deveria ter função de incluir o cidadão na sociedade ajudando-o nas relações sociais em seu cotidiano. Além disso, muitos profissionais de educação física priorizam os resultados finais e não o processo como um todo, levando a uma meritocracia daqueles que obtiveram rendimento maior. Ademais, vários outros problemas levam à exclusão, como por exemplo, o racismo. Esse separa brancos e negros em categorias de capacidade, gerando maior afastamento. Um caso que ficou famoso foi o do jogador Zuñiga da Colômbia que machucou Neymar nos jogos da copa. Por esse motivo, recebeu vários comentários racistas em suas redes sociais, fato que deixou bem claro a segregação racial e o preconceito. Portanto, é de suma importância que haja, por parte do governo, uma reforma no modo de ensino das práticas esportivas escolares brasileiras, a fim de que o mesmo não seja baseado em uma meritocracia excludente. É necessária, por parte do corpo docente, uma valorização de todo o processo desportivo e não somente dos resultados, dando perspectivas e oportunidades a todos os praticantes. É preciso que a sociedade reprima o racismo no esporte, com o objetivo de os atletas negros não se sentirem oprimidos diante de acusações raciais, para que juntas, essas medidas conduzam a uma melhor integração social.