O esporte fala uma só língua, não distingue raça, cultura ou religião. Um momento que promove a harmonia entre os povos, a valorização do corpo saudável, da saúde mental e o trabalho em equipe desde os seus primórdios nas Olímpiadas da Grécia Antiga em 776 a.C. A essência do esporte manteve-se, e no Brasil não é diferente. O esporte, especialmente o futebol assume um importante papel de inclusão social entre as crianças e jovens de comunidades carentes. Desde que aja em parceria com bons investimentos na área da educação e no próprio esporte, pode significar muito para o melhor desenvolvimento da nação. O Brasil, conhecido por ser o país do futebol, exerce um forte poder de inclusão social sobre as comunidades carentes em todo o país. Jogadores como Ronaldo, Bebeto e Neymar são exemplos do sucesso dessa inclusão. Craques do passado e da atualidade que encontraram no esporte uma melhor oportunidade de vida, longe da criminalidade e das drogas. Alguns dos jogadores que se tornaram espelhos para essas crianças, das quais muitas nasceram com tendências a uma vida na criminalidade, veem no esporte uma oportunidade única e um sonho para alcançar. Por outro lado, no Brasil o investimento em outros esportes e até mesmo no futebol é mínimo, cenário que continua igual mesmo com o país sendo sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Para uma boa Política Nacional do Esporte (PNE) não importa o número de medalhas em Jogos Olímpicos ou Pan-Americanos e sim do número de praticantes de esportes no país. O acesso ao esporte, bem como seu desenvolvimento tecnológico e científico são essenciais. Os campos de várzea, ou os conhecidos “Terrões” – campos de terra onde se joga futebol - desaparecem a cada dia. Junto com eles as crianças e jovens perdem seus espaços de inclusão e muitas a única oportunidade de uma vida melhor. A “Pátria Educadora” – assim como é chamado pela atual Presidente Dilma Rousseff – sofreu um dos maiores cortes na área da educação no ano de 2015, quase 10 bilhões a menos para investir neste ano. No esporte os investimentos também são deficientes, o país carece de investimentos em uma estrutura de base, como por exemplo, a construção de quadras esportivas, locais para práticas de atividades físicas de um modo geral e formação e qualificação de profissionais visando um desenvolvimento a longo prazo. O Brasil com diretrizes bem elaboradas da Política Nacional do Esporte (PNE), um bom investimento em educação e no esporte, buscando uma maior difusão de todos os esportes em território nacional pode contribuir muito para o futuro dessas crianças e jovens que veem no esporte uma única oportunidade em um país tão carente de novas ferramentas de inclusão social.