Desde os primordios, a desigualdade foi presente. Na Grécia Clássica havia o sistema de democracia escravista.Da mesma forma, em Roma, a divisão ocorria entre patrícios e plebeus. Depois disso, na Idade Média, o sistema presente era de total dependência do homem camponês para com o senhor feudal. Tais fatos históricos se assemelham com a atual política governamentista do mundo. Hoje, o lucro é o principal pilar de sustentação social, assim as mazelas humanas perdem sua importância para o que faz parte do sistema de trocas comerciais. Antes de mais nada, desigualdade é fator inerente ao sistema capitalista. Segundo relatório do banco Credit Suisse, quem tem bens líquidos acima de R$8,6 mil é mais rico que metade dos seres humanos. Isso se deve, principalmente, ao disparate de oportunidades existentes, dentro dessa doutrina econômica, que a cada dia se fortalece. Além disso, com a globalização, vive-se em uma aldeia global. Os hábitos, então, se assemelham no mundo inteiro, e o estímulo ao consumo e à ostentação é progressivo. Por outro lado,o contexto brasileiro a desigualdade foi presente desde a chegada dos portugueses, que trataram os índios como mão de obra barata. Após, houve a introdução do trabalho escravo, e isso perpetuou a injustiça social. Atualmente, a relação de classes é entre o proprietário e o trabalhador. A partir dessa estratificação é que se percebem os principais mecanismos de exclusão social. Como resultado, algumas políticas públicas foram implantadas no país como forma de conter a marginalização. Porém as discrepâncias estão tão aprofundadas que seus efeitos demoram a ser vistos. É o caso dos programas Bolsa Família e Fome Zero. Enfim, é fato que na história da humanidade nunca houve uma sociedade igualitária. Mesmo que uma solução tenha sido formulada por escritores, como Karl Marx, nem o próprio socialismo, baseado na igualdade, conseguiu ser eficiente. Pois, sempre há, no homem, a ganância que o impede de viver em favor do bem comum. Isso prova que a igualdade é um desafio não só econômico, mas de ordem moral.