A educação atualmente é baseada no processo similar ao dos bancos. O dinheiro é o conhecimento, o professor - detentor desse conhecimento - é o bancário que "deposita" os valores e ideias em forma de ensino nos alunos. E esse processo, utilizado a décadas para ensino no pais, muitas vezes é confundido com doutrinação, tanto para defender um viés de quem educa ou para camuflar uma falsa imparcialidade sobre o que se ensina. A ideia de uma escola sem partido, não remete apenas a política, mas sim sobre discussões que muitas vezes, alunos não tem espaço e voz para debater em casa. Sexo, drogas, trabalho, política e muitas responsabilidades que se adquire na vida adulta, ficam mais claras se desde a infância e adolescência forem discutidas como assuntos na base de ensino escolar, e não somente como temas conservadores para especulação. Neutralidade de ensino é algo um tanto quanto irrisório, se de certa forma defende-se a ideia de ensino sem partido para evitar doutrinação, a partir do momento em que não se abre espaço para debater e desconstruir ideias, nasce o totalitarismo, o controle na base do medo e o pior de todos, o analfabetismo político. O preceito de que a escola deve ser imparcial é valido, mas o ensino não. O professor é um orientador que abrange mais que a escola. E todas ideias sejam elas favoráveis aos costumes ou não, devem ser discutidas e levadas para todos as esferas sociais evitando-se todo e qualquer tipo de alienação.