Há quem diga que somente os pais têm o direito de educar seus filhos, mas a função da escola também consiste em ensiná-los. Pensamentos assim estão em discussão no senado - isso mesmo, discussão! - Justamente o que estão tentando coibir nas salas de aula, por influência de movimentos como o “Escola Sem Partido”. Em primeiro lugar, é inquestionável que a escola é a segunda casa da maioria dos indivíduos, em alguns casos, a primeira. Ademais, os cursos de formação de professores são repletos de debates e livre arbítrio, pois a função de qualquer instituição formadora de indivíduos são a troca de opiniões, e assim, construção da mesma. Outrossim, uma semelhança entre a Escola Aristotélica e a Academia de Platão eram as discussões filosóficas e desenvolvimento de raciocínio, na qual não era imposta uma verdade, mas também não era neutra, o essencial era que se tivesse uma opinião ou mesmo que se assumisse “Só sei que nada sei”. Entretanto, mesmo em pleno século XXI, com a consolidação da tecnologia - que facilitou a transmissão de conhecimento – ainda existem casos de profissionais que utilizam de sua autoridade em benefício próprio. Como prova disso, Rosseau, ainda no século XVII afirmou que a sociedade corrompe o indivíduo. Assim, vale ressaltar casos de questões de provas em que professores pedem “dê sua opinião”, e sendo a resposta contraria a sua própria, anula-se a questão. Portanto, a solução não é coibir a troca de opiniões em sala de aula, professores tem ideias assim como os alunos e essa troca de informação é fundamental para a formação individual. Pelo Ministério da Educação é necessário aumentar as horas das disciplinas de sociologia e filosofia, além de promover a criação de aulas optativas de debates, na qual toda aula é levada um assunto atual para discussão, o que ajudaria os estudantes nos vestibulares e concursos, por exemplo. Além disso, o poder público deve punir com afastamento o professor, quando houver provas de sua imposição ideológica. Por fim, a família é sempre a maior responsável pela formação de indivíduos conscientes e seguros de suas crenças, não deixando-os influenciar pelos outros. O equilíbrio, nesse caso é a melhor saída.