Não há como negar que a escola é uma instituição fundamental para a formação de um cidadão, assim como a família. Porém, um assunto que vem tornando-se polêmico na atualidade é até onde vai a responsabilidade e o dever do colégio. Os professores são responsáveis pela educação restrita aos livros e conteúdos ou também devem fazer parte da construção crítica de seus alunos? Em uma sociedade tão globalizada, chega a ser quase impossível conseguir separar duas coisas que estão interligadas. Diante disso, o tema tem se tornado um verdadeiro divisor de ideias; enquanto há uma parcela que apoia a autonomia do professor em discutir com o aluno sobre diversos temas, inclusive religiosos e políticos, por outro lado, existem também as pessoas que são totalmente contra a isso. Entretanto, deve-se levar em conta que a escola é o local onde as pessoas passam a maior parte de sua vida e é exatamente nessa época que elas começam a formar seus pensamentos críticos sobre tudo que as rodeiam. Ou seja, se os educadores não tiverem permissão de intervir nessa construção e mostrá-los as diversas faces das coisas, que indivíduos serão formados? Pensando nisso, fica claro perceber o motivo de ter-se bem mais pessoas que apoiam a participação da escola quanto a discutir sobre temas polêmicos do que os que são contrários. Pode-se compreender que, crianças e jovens sendo privados de receber várias visões sobre o mesmo assunto, terão grandes chances de tornarem-se adultos alienados, sendo mais facilmente manipulados, consequentemente. Para resolver tal problemática, é necessário que haja um acordo entre a família e a escola, já que ambas são responsáveis pelo individuo e sua construção pessoal e social. Não é necessário haver uma disputa de ideias, elas podem caminhar juntas, mostrando ao aluno as distintas faces e dando-lhe a opção de criar uma terceira. É assim que forma-se a consciência critica e é assim que deve continuar acontecendo.