No Brasil sempre foi muito comum a intervenção política, de direita, nos meios educacionais, muitas vezes por medo dos professores alienarem os estudantes. Na época da ditadura militar, Filosofia e Sociologia foram banidas da grade escolar e substituídas por matérias que pregavam a obediência. Hoje, o Movimento Escola Sem Partido deseja regular o que se é discutido em sala de aula, interferindo na didática do professor. Em primeiro lugar, o projeto citado, ao ignorar temas como homossexualidade e feminismo, contribuiria para a continuação de pensamentos homofóbicos e machistas, pois, se as crianças não forem educadas para aceitar e considerar certas opções sexuais como normal e saber que o feminismo nada mais é que apenas uma luta por direitos iguais entre ambos os sexos, irão crescer cheias de ignorância e medo, o que resultaria em preconceito no futuro. Em segundo lugar, essa proposta também interfere no direito do aluno de aprender e na liberdade de expressão de educadores e estudantes, porque, dessa forma não haverão mais debates de ideias ou questionamentos. Ademais, esse movimento, se aprovado, afetará o conhecimento sobre diversos acontecimentos do passado, como Comunismo e talvez até os regimes ditatoriais que o Brasil já passou. Segundo o filósofo George Santayana, um povo que não lembra o passado está condenado a repeti-lo. Dessa forma, as escolas regrediriam e tornaria possível novas ditaduras no Brasil, já que ninguém saberia o que é isso, haveria adesão total e obediência da população. Portanto, para resolver esse problema, os professores e alunos devem se mobilizar e fazer protestos contra esse projeto, as ONGs devem promover palestras sobre ideologia de gênero para a população, a fim de quebrar esse tabu, e os meios de informação, por meio dos seus veículos, prevenir a população sobre os malefícios que resultariam da aprovação da proposta Escola Livre. Sendo assim, a educação não seria alienada.