Como afirma Kant: "É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade." Segundo ele o aprendizado escolar era capaz de melhorar a visão da sociedade. Contudo, a escola objetivava a padronização dos alunos de acordo com princípios próprios. Posteriormente, com a escola laica, garantida na Constituição, nesses locais passaram a desenvolver cidadãos mais críticos, embora ainda seja presente a imposição religiosa e até partidária de muitos educadores. Recentemente, o movimento que defende escolas apartidárias cresceu no Brasil e busca reduzir a expressão de opiniões dos educadores no que tange à sociedade e suas relações. O recente projeto, defendido desde 2004, prevê que professores utilizem a aprendizagem neutra, com distanciamento de conceitos próprios, apenas a explanação dos conteúdos. Ainda defende que pais e responsáveis transmitem valores para seus filhos. Apesar do apoio à diversidade de conceitos dentro das instituições escolares, o movimento defende que essas ideias não vão de encontro ao ensino familiar - impossibilitando o debate escolar. Em algumas disciplinas como Filosofia, Sociologia, História e Geografia são cruciais as análises e comparações entre diferentes épocas da história, métodos utilizados além de opiniões dos filósofos e estudiosos da época, utilizadas no processo seletivo. Como resultado do âmbito escolar heterogêneo surge o debate, cujo principal mediador é o educador. Sendo assim, cabe a esse profissional o equilíbrio das divergentes opiniões e responsabilidade de evitar qualquer tipo de doutrinação. Para isso, fomentar o treinamento dos professores diante de assuntos complexos e promover palestras com parceria de psicólogos nas instituições escolares são de suma importância. A participação familiar na transmissão de princípios é fundamental, pois é a partir disso que se desenvolve o senso crítico e minora a alienação tão criticada por Immanuel Kant.